Volte ao spin

sábado, 23 de junho de 2018

Viagens: do Acre ao Maranhão

do Acre ao Maranhão (parte 6/7)

...continuação
Esperei o barco para Santarém por mais de duas horas e tive que aguentar lorotas do paraense com dois dentes de ouro e óculos escuros de bicheiro. O barco de casco de madeira atracou no meio do dia. Chovia forte no momento do embarque. Comi o almoço razoável e me recolhi enquanto a chuva tornava as águas do rio Amazonas bastante agitadas. Os passageiros praticamente não saíam das redes.
O barco atracou no porto de Santarém no meio da madrugada. A maioria permaneceu a bordo até o amanhecer, quando então começou a movimentação de desarmar as redes, as filas nos banheiros, arrumação geral e o desembarque.
No trecho tranquilo de Santarém encontrava-se restaurante especializado em peixes. Tomei caipirinhas antes de mergulhar de cabeça na divina caldeirada de tambaqui. Com o calor do dia e do caldo me ensopei na hora. A mesa na calçada amenizou ligeiramente a fervura do corpo. Com a pele e a roupa pingando suor, mas satisfeitíssimo, tomei sucos de graviola para rebater.